
Na fase do pós-parto a maioria das mães se sente fragilizada, insegura e quando as pessoas a sua volta não conseguem conter e tranquilizar esses sentimentos, as sensações de solidão e abandono se amplificam tanto que impedem a mãe de viver o prazer natural do encontro com seu filho.
Dentre todas as questões do pós-parto, a que gera mais ansiedade a recém-mãe é o aleitamento materno. Isso porque pra quem está de fora tende a interpretar o choro do bebê como comunicação de fome, mas essa interpretação é uma tentativa muito limitada de compreender a comunicação não verbal do pequeno. Nem todo choro do bebê indica fome. De fato, este som irritante serve para comunicar um desconforto físico: frio, calor, uma roupa apertada, uma fralda suja ou molhada, sono, ou um desconforto emocional: carência, saudades, necessidade de toque, desejo de contato.
O bebê precisa absolutamente sentir o prazer de sua mãe para sentir-se legitimo, desejado, digno de amor e atenção, enfim, um ser de valor. A ausência de prazer da mãe provoca no bebê reações de defesa que podem se revelar destrutivas para o desenvolvimento do seu aparato social e afetivo, e uma das primeiras questões a serem comprometidas aqui é o aleitamento. Isso porque amamentar exige uma cumplicidade entre a mãe e seu bebê para além do ato de alimentar - a amamentação é nutrição para o corpo sim, mas é também contato afetivo, integração, doação
O toque, as massagens e os cuidados corporais afetuosos podem reparar a falta fundamental de prazer compartilhado nos primeiros meses da vida. Mas nada substitui uma rede de apoio compreensiva e afetuosa que é capaz de dar à mãe recém nascida o apoio necessário para desenvolver sua segurança e, assim, compreender seu bebê.
Amamentação: participe e apoie... até a próxima!
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