
De todas as partilhas, uma fala foi recorrente... quanto apoio e incentivo são raros e quantos julgamentos externos podem ser venenosos em meio as nossas auto-cobranças - e elas são muitas, creiam.

É preciso ter mais empatia... se por no lugar do outro sem julgamentos nem condenações. Apenas colo. Sim, a família recém-nascida precisa de colo tanto quanto o bebê que agora abrigam. Eles têm medos. Eles têm inseguranças. Eles têm sonhos. Eles têm dúvidas. E no meio disso não precisam ter que se defender de você ou de ninguém mais.
Quer ajudar? Fantástico!!
Comece ouvindo - você pode ser surpreendida por desejos bem diferentes dos seus.
Aceite - todos têm seus valores, defeitos e limites. Não ache que eles desaparecem quando o bebê chega. Os motivos do fazer do outro podem não estar claros pra você, mas tentar apontar e impor nunca foi o caminho pra ajudar... só gera culpa ou raiva.
Seja sutil - pode ser que pra você o caminho da solução de um problema esteja perfeitamente claro, mas entenda que se estivesse claro pra eles, já teria sido feito. Mantenha sempre em mente que algumas portas só abrem por dentro e à nós cabe apenas bater gentilmente e esperar que a resposta venha.
Permita - ninguém é mais ou menos mãe pelas escolhas que faz sobre o parto ou a amamentação.
Se afaste - se pra você é demais, inconcebível ou intolerável, apenas lembre que o bebê não é seu. Porque a menos que haja maus tratos, as escolhas que aquela família faz pelo melhor interesse daquela criança está de acordo com os valores, limites e desejos deles, goste você ou não.
Porque sejamos francos, quando a gente fica em função de atender as expectativas de quem quer que seja a não ser a nossa própria, deixamos de viver e isso não cabe na maternidade real e definitivamente não é compatível com amamentação.
E por fim, entenda - somos o melhor que podemos ser quando nossos filhos vêm à nós e o resto é utopia e não nos cabe.
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