E o que era pra ser um benefício às mães dos mais de 10% dos nascidos vivos no país que nascem prematuros, se tornou o pesadelo das milhões de mulheres estupradas que engravidam durante este ato hediondo e não mais poderão escolher não gerar o filho de seu agressor.
Nunca me manifestei sobre esse tema antes, mas toda essa medievalidade tem que acabar. Não se trata dos direitos de um concepto, mas da vida de mulheres que além de estupradas, agora se vêem grávidas e sem o apoio do estado e da justiça que deveriam defendê-las de seu agressor e seus atos.
No Brasil, a cada 11 minutos uma mulher é estuprada - 70% são menores de idade. E nos últimos 5 anos os índices de estupros coletivos cresceram 124%. O Ipea estima que cerca de 7,1% dos casos resultam em gravidez.*
Essas mulheres são nossas filhas, netas, mães, esposas, irmãs, tias, primas, amigas. São você e eu.
Chega de silêncio...
* Leia as reportagens de Patrícia Galvão e Ana Clara Veloso e Elisa Clavery sobre o tema
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