Uma homenagem à mulher-mãe!

"E num dia de bendita magia, numa explosão de luz e flor, num parto sadio e sem dor, é capaz, bem capaz, que uma mulher da minha terra consiga parir a paz. Benditas mulheres." Rose Busko

Dia da Gestante por Patrícia Borde

15 de agosto foi o dia da gestante. Deixo aqui um registro do meu último dia de gestação. 

Na foto, um sábado lindo, azul, solar. Por dentro um misto de ansiedade e fascinação. Eu sabia que depois de 42 semanas e 2 dias de espera, estava bem perto de vivenciar o milagre do nascimento do amor mais profundo que eu viria a sentir. 

Esse dia durou muitas horas. Foi o desfecho de uma longa e difícil espera. 

Ter uma gestação saudável como tive não significa que tudo seja fácil e simples. Idealizar é o primeiro grande erro da maternidade e gera muitas frustrações. E não, a mulher não nasceu para ser mãe. Essa é a maior crueldade que se impõe às mulheres. 

A mulher precisa querer se tornar mãe. E isso precisa ser uma decisão de cada mulher. Uma escolha sobre sua vida e seu corpo. E quando ela aceita a empreitada da maternidade, ela vai ver o quão doloroso é. E o quão maravilhoso também. Ela aprende que existem dias bons e dias ruins, que ela não tem controle sobre tudo, que existe alguém mais importante que ela mesma que precisa tanto do seu amor e ela entende que é necessário cuidar de si e estar íntegra para partilhar o cuidado com o outro. 

O outro, um ser de luz que chega para virar sua vida pelo avesso e destruir todas as suas certezas. O outro que te ensina o poder da alteridade radical e te faz ver que o universo não gira ao redor do seu próprio umbigo, mas está sim conectado a ele por um cordão que alimenta, nutre, faz crescer e proliferar amor. 

Gestar é emprestar e dividir o seu corpo para outra pessoa poder viver. É a dor e a delícia de sentir seu coração pulsando fora do peito.

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